segunda-feira, 11 de junho de 2012




Sobre amores passados e o que eles nos ensinam


Mesa de bar. Isso mesmo, que lugar você mais ouve pessoas falando, chorando, se lamentando sobre amores do que na mesa de um bar, entre uma cerveja gelada, uma dose qualquer e um caldinho de camarão?

Aquela sua amiga, que depois de tomar algumas, começa a lamentar o quanto TODOS os homens do mundo não prestam, sendo que ela só tem um na mente (lembram daquelas aulas de gramática? Metonímia, a parte pelo todo? então), ou aquele seu primo que passa a contar o quanto se arrependeu por trocar a namoradinha legal, por a gostosona que finalmente deu bola pra ele, e que depois o largou  deixando (o agora desiludido) sozinho e apaixonado.

As tantas histórias que a gente ouve, vê e sente de uma forma ou de outra, nos ensinam muito sobre pessoas e relacionamentos. Outro dia uma amiga me perguntou: “André, homem ama?” É claro que depois de rir muito, visto que a pergunta é por si só, muito engraçada, eu respondi: “Claro que ama.” Eu acredito que os homens geralmente não idealizam um futuro com um casamento dos sonhos, casa com cerquinha branca e filhos correndo pelo quintal. E talvez pelo romantismo que é mais comum em mulheres, elas constroem e até se dedicam mais quando entram num relacionamento. Assim, é mais comum encontrar mulher achando que nenhum homem vale nada, do que o contrário. Mas os homens amam sim. Ainda acho que quando o cara está verdadeiramente apaixonado, ele se torna um milhão de vezes mais besta do que a mulher, o processo em geral só demora mais um pouco.

Definitivamente, existem pessoas que não nasceram pra ter nada sério, nem com você e nem com ninguém e você tem que se conformar com isso. Outras, simplesmente não sentiram o mesmo que naquele dia, sua companhia não foi tão agradável quanto a dela foi pra você, é duro, mas pode ser a realidade. Todos nós somos imprevisíveis, cheios de manias, gostos e vontades. Ninguém vem com um manual de instruções, não dá pra fazer com que tal pessoa se apaixone. Isso simplesmente acontece. Algumas vezes com mais facilidade, outras depois de um tempo.

E sabe qual o pior tipo de amor do passado?

Aquele que não teve um fim. Não falo quando ainda há um amor latente em só um coração. Mas sim quando não foi colocado um ponto final por uma das partes. Quando não houve aquele fora com todas as letras, nem que seja o velho “vamos dar um tempo?” que todo mundo está careca de saber, que isso é pura enrolação que esse “tempo” só é uma desculpa de quem não quer mais. O relacionamento simplesmente acaba como diria Fagner, feito espumas ao vento.

E parece que quando mais o tempo passa, e mais pessoas (e amores) conhecemos, mais nos sentimos tão “sábios” né?


Bobeira. Os amores do passado nos ensinam muitas coisas, mas acredito que não há quando se trata de amor, ninguém tão sábio. Pode até ser que você prometa ser menos possessivo dessa vez, ou ir com mais calma dessa outra, mas no final quem realmente está envolvido vai sofrer, vai chorar, vai se decepcionar... Mas também vai rir à toa, vai escutar uma música e vai lembrar daquela primeira dança que não deu certo e acabou em risos, e quando receber um sms vai logo pensar que é daquela pessoa e ficar frustrado porque é da operadora falando que sobre mais uma promoção que não vale a pena aderir.

No mais, todos nós queremos mesmo ter alguém, nem que seja pra chamar de SEU. Em relação a amores, a gente aprende, quebra a cara, chora e se diverte, e quando pensa que não vai mais...

Está no meio da ‘merda’ de novo.