sexta-feira, 23 de março de 2012


 Sobre o Tempo


“Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos... Tempo, tempo, tempo, és um dos deuses mais lindos...” assim é uma das formas que Caetano descreve o tempo, numa das mais conhecidas de suas músicas. De fato, é incrível como aquele ditado popular que sua avó sempre costuma dizer onde “tempo é o melhor remédio” começa a fazer sentido.

“Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo...” Você percebe o quanto mudou com o passar dos anos não só física, mas emocionalmente falando. O quanto suas ideias, conceitos e estereótipos foram se transformando. E isso é algo que ocorre com todos, ou vai me dizer que há dez anos atrás já podia imaginar que estaria onde está, fazendo o que faz, com a mentalidade que tem hoje? Talvez o grande barato da vida, sejam as surpresas que ela nos proporciona.

 “O tempo faz tudo valer a pena e nem o erro é desperdício...” Dizem que “tudo acontece no tempo certo”, e que “o tempo de Deus é diferente do nosso” quando queremos uma determinada coisa, mas não vem da forma ou no momento em que desejamos.  Parafraseando o que Caio F. já disse (meninas do meu facebook vão adorar isso) “Deus não demora, ele capricha”, e talvez realmente capriche. Se até os nossos erros, vão servir para alguma coisa, essa coisa há de valer a pena mesmo. E que se não foi dessa vez, espera mais um pouco. Tudo passa. Não estressa. Só relaxa. Uma hora chega. Há de chegar.

“Quanto tempo será que demora, um mês pra passar...” O tempo nos faz ver que algumas coisas não são pra sempre, e você tem que entender que cada pessoa vê as coisas de uma maneira diferente. Vai percebendo que a chave para decepção, é a expectativa. Chega a ser doloroso, quando percebemos que não farão por nós, o mesmo que numa situação contrária, faríamos sem pensar duas vezes. O tempo apaga essa mágoa, em alguns com maior facilidade, em outros com um pouco mais de trabalho. Mas apaga.

“Devia ter arriscado mais, e até errado mais. Ter feito o que eu queria fazer...” Há quem repita por aí, várias vezes sem nem mesmo analisar a frase que diz “só me arrependo do que não faço”, como se isso fosse algo que denotasse autoconfiança. Não é. Eu me arrependo sim, do que fiz e do que deixei de fazer.  O fantasma do “E se” é sem dúvida o nosso maior inimigo. “E se eu tivesse dito que gostava dela, as coisas estariam diferentes pra nós dois?” ou “E se eu não tivesse ido pra aquela festa, nós ainda estaríamos juntos?”. “E se? E se?” O fato é que não dá pra se martirizar pelo que foi ou que deixou de ser feito. Desde que foi sua própria escolha, você naquele momento, achou que era o melhor a se fazer. Se não foi, paciência. Quem foi que disse que tudo vai sempre dar certo?  A não ser que queira que escrevam em seu epitáfio que você passou a vida se arrependendo disso e daquilo.

Meu destino não é de ninguém, e eu não deixo meus passos no chão...” então se o nosso destino não está por aí escrito nas estrelas ou em cartas claras sobre a mesa, vamos fazer do “compositor de destinos” nosso melhor amigo. E a melhor forma de torna-lo, é deixando tudo acontecer naturalmente. Ansiedades e arrependimentos são invitáveis. No entanto não vamos deixar que eles sejam constantes em nossas vidas. Porque se o “o tempo não para” e “não há tempo que volte amor,” vamos de fato, “viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir”.  

sábado, 10 de março de 2012


Sobre Jogos de Amor e Perdas de tempo


Nunca gostei de generalizações. Tipo quando falam por aí que toda mulher é complicada, ou todo homem é igual.  Acredito que pessoas do mesmo sexo têm particularidades (emocionalmente falando) em comum, mas elas não podem ser colocadas numa mesma caixa e serem classificadas como “assim ou assado”. No entanto, no quesito “joguinhos de amor”, principalmente no início de um relacionamento, mulheres me desculpem, mas pelo menos a maioria de vocês, nisso são especialistas.

Vou começar com um exemplo muito comum: Ele a conheceu numa festa qualquer, gostou de cara. Menina bonita, “acho que vou pegar”. Até aí tudo bem, entre uma dança ou outra, ele gostou de conversar com ela, “a guria parece ser inteligente, engraçada” (na cabeça dele, a parada de só pegar já passou, ela além de bonita, é interessante). E sim, ele deu altas investidas nela que ora parecia se entregar, ora bancava a durona. Ela da mesma maneira que ele gostava do papo “ah, ele é legal, engraçado, fico ou não fico? Acho melhor esperar mais um pouco...” Eles não ficaram na noite, mas mesmo assim trocaram telefones, facebook, msn e afins.
Parte clássica. Os dois estão igualmente a fim. Contudo ela acha que vai dar mole demais se for a primeira a ligar. De fato, o homem comumente é o primeiro a tomar a iniciativa (culturalmente falando, ele está sempre mais ‘necessitado’ que a mulher), mas se ela está na mesma vibe por que não ligar só pra dar um ‘oi’? Ok, pra um primeiro encontro marcado, essa perda de tempo é perdoada.


Ele mandou um sms. Ela viu, leu, releu, riu, gostou. E só. Demorou três horas e meia pra dizer que está bem e que ainda não sabe se vai fazer alguma coisa no domingo a tardezinha. Encontraram-se online um pouco mais tarde, e ele de novo foi quem tomou a iniciativa. “Olá” “Oi, não tinha visto que você tava aí. Tudo bem?” Mentira, ela tinha visto sim, só não quis parecer a desesperada. Depois de muitas conversas, de muitas coisas em comum trocadas, eles ficaram. E foi bom, foi muito bom.

É nesse ponto que mais deixa os homens encafufados sobre o que realmente aconteceu. Se depois que eles ficaram e foi bom para os dois, ele ligou é porque quer ser atendido. Se mandou um sms, é porque quer uma resposta logo, não depois de amanhã. Poxa, ficar esperando que o tempo passe fazendo um “joguinho”, com a intenção de deixar o cara pensando se não foi tão bom pra ela, quanto foi pra ele é dose. A desculpa do “não tinha crédito” não cola. Quem quer, arruma um jeito, pede emprestado do celular do amigo, manda uma mensagem pela internet mesmo...


É por isso, que muita menina legal tá aí sozinha, se lamentando porque não está namorando, e se irrita quando vê o cara que ela tava a fim, saindo com aquela ‘piriguete’ da outra turma. Talvez seja porque a tal ‘piriguete’, que vai ver nem seja tão piriguete assim, não fez esse joguinho do “ligo ou não ligo. Do atendo ou deixo chamar só mais três vezes...” Simplesmente soube na medida certa, se mostrar interessada sem necessariamente parecer estar louca pra arrumar alguém pra sua vida (as desesperadas assustam, nossa, como assustam!). Por muitas vezes, deixamos de aproveitar muita coisa boa, quando estamos na defensiva, tentando não se dar mal nesse “jogo” onde tanto um quanto o outro não quer perder por causa de um orgulho infantil. E quando uma das partes propõe esse jogo, a outra parte tem que jogar. Caso contrário ela perde o que deseja.


Então meninas, quando estiverem a fim demonstrem. Liguem não essencialmente esperando que ele te chame pra sair, ou pra ter o controle dos passos do cara. Aquele “Alô, tá onde?” às vezes irrita. Ligue só pra desejar uma “boa noite”, saber como foi o dia dele. Mesmo o mais durão dos homens, gosta de saber que alguém se importa com ele além da sua própria mãe. E quanto aos joguinhos do ”tô te querendo mais ainda não posso dizer que tô” dignos de meninas de 8ª série, Ahh, ainda preciso dizer o quanto é perda de tempo? 

quinta-feira, 8 de março de 2012



Sobre escrever




Sim, eu sempre gostei de escrever. Na verdade é que sou bem sonhador, quem sabe o mais sonhador dos caras de 20 anos. E talvez esse espaço venha ser a melhor forma de “aliviar” o dia estressante, uma noite mal dormida, a vontade de contar aquele fato (e quem me conhece sabe), que SÓ ACONTECE COMIGO.

Daí depois de muito tempo escrevendo só pra mim mesmo, seja um pensamento solto nas ultimas folhas do caderno, ou no verso daquele panfleto de dentista que sempre lhe entregam quando você passa pelo centro da cidade, e de alguns incentivos (valeu Amandão, Mariana, Fernanda e Déa) eu resolvi fazer esse blog.

E as dúvidas de qual nome eu iria por nele? Foram muitas.

Vou botar “Blog do André”, pensei. Assim eu não preciso ficar matutando sobre o que colocar. Espera, NÃAAAAAAAO. Quem leria um blog chamado “Blog do André”? Porque digam o que quiserem, mas se eu resolvi escrever e mostrar a quem quiser ver, é porque eu quero LEITORES, não é? Vá lá, que eu não espero ser o mais lido dos blogueiros, nem pretendo (na verdade é que nem beleza e cabelo esvoaçante pra isso eu tenho) virar um novo “Colírio Capricho”  fazer um blog do tipo “Vida de Garoto” e conquistar fãs querendo que eu faça coraçõezinhos com a mão e dizendo que já não podem viver sem mim.

Foi aí que pensei em algo que alguém já tinha escrito que não foi direcionado a mim, mas que de alguma forma viesse a ilustrar a minha vontade ao escrever. Engenheiros do Hawaii já inspirou muita gente né?  Esse “Alívio Imediato” (título de uma das músicas que mais curto deles) que escrever me proporciona, vem como uma maneira de colocar pra fora tudo o que às vezes eu fico tão ansioso pra dizer, e acabo esquecendo. Vem como um jeito de me fazer mais humano, de enxergar a vida de uma forma mais coletiva. Geralmente quando escrevemos, falamos de um modo que não falamos no dia-dia. Parece que na ponta de um lápis ou no teclado de um PC você consegue explodir sua raiva, declarar-se com uma capacidade encantadora ou ainda fazer uma graça, mais engraçada ainda, sem falar nos enrolations que sempre, mas sempre mesmo, rola com qualquer estudante nos trabalhos do colégio ou faculdade.

Então quando quiser saber o que esse “guri” tem a dizer, aparece por aqui. Sempre que der vou falar bem mais sobre o que vi da vida, do que de mim. Escrever sobre pessoas e de como nós, podemos ser tão incríveis mesmo sendo tão comuns é o que me deixa mais realizado. Vou ficar na torcida pra que você goste e comente em meu blog, e quando não gostar, comenta também, dizem que é através da crítica, que nos tornamos melhores.


E vai saber se por um acaso, perdido no tempo ou no espaço um editor me “descobre” um “colírio” e eu passaria a ter todas as ninfas de 15 anos aos meus pés !  É claro que a essa altura meus cabelos (agora sim) passariam a esvoaçar pela avenida. NÃAAAAAAAAAAAAAO.