segunda-feira, 24 de setembro de 2012


Sobre a incredulidade feminina nos relacionamentos


O título já diz bem ao que veio né? A incredulidade feminina nos relacionamentos amorosos. Sim, elas mesmas que foram por muitos anos, consideradas a parte mais sensível e romântica na vida a dois. Talvez por ironia dos novos tempos, até os lindos contos de fada, estão ganhando adaptações sombrias nos cinemas, fazendo com que a princesinha não seja mais tão passional na história, apenas esperando que o príncipe surja montado no cavalo branco para salva-la de todos os monstros e bruxas pelo caminho. Mesmo ouvindo Taylor Swift (com aquela linda poesia sofrida musicada) e lendo as crônicas da mulher contemporânea de Tati Bernardi boa parte das garotas parece terem sido desiludidas com as ilusões do amor.

O que proponho realmente a falar aqui, é de como as mulheres tem perdido a fé de que elas mesmas podem ter um grande amor, se apaixonarem loucamente e viver longos dias regados a beijinhos e abraços confortantes cantando ‘Amor I love you’ e assistindo “Diário de uma Paixão”. Parece que é geral. De novinhas a coroas o sentimento é o mesmo. O que percebo é que a ala feminina se sente tão ‘calejada’ depois de ter sido ou ouvido as amigas lamentando que foram vítimas de homens que iludem, mentem, traem, enganam, esquecem-se de ligar, gozam rápido... E isso (como forma de defesa, talvez) acabou criando uma casca, como se fosse um instinto de autopreservação.



Isso é bom, mas nem sempre.

Viver aprisionada num medo e na ideia que todos os “homens não prestam” e não importa com qual vá se envolver, o individuo vai sempre se revelar um canalha em potencial que te largará sozinha só te deixa refém de você mesma. Sim, os idiotas existem aos montes, gente que acha legal fazer pouco com os sentimentos dos outros também, mas não dá pra se privar de viver. Viva seus amores, seus desamores, seus descompromissos.

As pessoas são imprevisíveis. Não dá pra saber quando finalmente ‘a pessoa certa vai vir’. É bem provável que a pessoa certa nem sequer exista, como diria Veríssimo “que procuramos na verdade é pela Pessoa Errada”. Afinal, não há uma formula mágica para os relacionamentos. O amor não é uma ciência exata. Até porque as ciências exatas são tão chatas, que se nossas relações se dessem dessa forma seria um grande tédio.

terça-feira, 21 de agosto de 2012


Sobre segundas chances e murros em pontas de faca


Foi muito difícil aceitar que não dava mais. Que não valia mais a pena. O desgaste, as noites perdidas, as ligações inoportunas, as mensagens de madrugada.  Que até mesmo os filmes do Spielberg com todos aqueles efeitos pra me entreter, não faziam mais sentido se não tivesse você ao lado, sem entender quase nada, me fazendo contar toda a história outra vez.

Lembro-me do que foi para nós o “doce dezembro”, de quando nos víamos nem que fosse para rir da cara do outro, sem motivo algum. Das mensagens que eu recebia em que você externava impulsividade e insegurança, mas que para mim só pareciam mais apaixonadas e que eu deixava salva, só pra ler e reler antes de dormir. De te ver usando meu blusão cinza listrado enquanto fazia o café pra mim. Das vezes em que nossas discussões terminavam em beijos apaixonados e no frio na barriga que eu sentia toda vez que te via. Atrapalhado tudo o que falei, talvez.

 Sinto falta de olhar tuas fotos todos os dias pela internet, e depois ainda olhar para elas na pasta salva por você mesma com o nome “Amore”, rir do teu italiano capenga daquele cursinho chinfrim. Me pego pensando do quanto eu fingia ter experiência em relacionamentos, querendo parecer tão seguro na tua frente, mesmo sabendo que no fundo, você me via como um meninão. Eu rio até de pensar o quanto minha mãe te odiava, sem nem ao menos te conhecer. Já fazia vários meses, e ainda assim eu escutava toda noite aquela música que você escreveu em meu caderno, com alguns erros de português. Pores-do-sol não são mais tão bonitos, poético e triste quem sabe, mas é que vê-los e não lembrar o teu ritual de agradecimento aos deuses pelo dia que passou é impossível.

Dói saber que tudo isso se foi. Que nosso amor se transformou em “Bom dia”. Mais difícil é pensar que pra você superar essa história foi rápido, fácil e indolor. 


Acontece que nosso vínculo se desfez por inteiro. Por ironia do destino como dizem, aquelas mensagens impulsivas e inseguras ficaram no celular que eu perdi em minha última viagem. Aquele blusão cinza manchou na lavanderia. Você preferiu excluir todas suas fotos da internet. Minha prima sem querer, apagou a pasta “Amore” do meu computador. Disseram-me que ainda tem como recuperar. Mas eu preferi “me recuperar” antes de fazê-lo. O cursinho de italiano foi substituído por um de alemão. Até meu irmão arranjou uma namorada, minha mãe já tem um novo alguém para odiar. Eu não tenho mais aquela nossa música em meu mp3. No entanto, mesmo com pores-do-sol não tão bonitos, sempre que posso, eu repito aquele teu ritual.


Acho que nosso tempo passou não é? E ‘nem foi tempo perdido’. Ele durou o que tinha que durar, no começo do nosso fim doeu (e talvez ainda doa). Acontece que novas segundas chances para nós dois, só seriam murros em pontas de faca. Eu hoje parei de insistir em reviver o que por si só já mostrou que não vale mais.

segunda-feira, 11 de junho de 2012




Sobre amores passados e o que eles nos ensinam


Mesa de bar. Isso mesmo, que lugar você mais ouve pessoas falando, chorando, se lamentando sobre amores do que na mesa de um bar, entre uma cerveja gelada, uma dose qualquer e um caldinho de camarão?

Aquela sua amiga, que depois de tomar algumas, começa a lamentar o quanto TODOS os homens do mundo não prestam, sendo que ela só tem um na mente (lembram daquelas aulas de gramática? Metonímia, a parte pelo todo? então), ou aquele seu primo que passa a contar o quanto se arrependeu por trocar a namoradinha legal, por a gostosona que finalmente deu bola pra ele, e que depois o largou  deixando (o agora desiludido) sozinho e apaixonado.

As tantas histórias que a gente ouve, vê e sente de uma forma ou de outra, nos ensinam muito sobre pessoas e relacionamentos. Outro dia uma amiga me perguntou: “André, homem ama?” É claro que depois de rir muito, visto que a pergunta é por si só, muito engraçada, eu respondi: “Claro que ama.” Eu acredito que os homens geralmente não idealizam um futuro com um casamento dos sonhos, casa com cerquinha branca e filhos correndo pelo quintal. E talvez pelo romantismo que é mais comum em mulheres, elas constroem e até se dedicam mais quando entram num relacionamento. Assim, é mais comum encontrar mulher achando que nenhum homem vale nada, do que o contrário. Mas os homens amam sim. Ainda acho que quando o cara está verdadeiramente apaixonado, ele se torna um milhão de vezes mais besta do que a mulher, o processo em geral só demora mais um pouco.

Definitivamente, existem pessoas que não nasceram pra ter nada sério, nem com você e nem com ninguém e você tem que se conformar com isso. Outras, simplesmente não sentiram o mesmo que naquele dia, sua companhia não foi tão agradável quanto a dela foi pra você, é duro, mas pode ser a realidade. Todos nós somos imprevisíveis, cheios de manias, gostos e vontades. Ninguém vem com um manual de instruções, não dá pra fazer com que tal pessoa se apaixone. Isso simplesmente acontece. Algumas vezes com mais facilidade, outras depois de um tempo.

E sabe qual o pior tipo de amor do passado?

Aquele que não teve um fim. Não falo quando ainda há um amor latente em só um coração. Mas sim quando não foi colocado um ponto final por uma das partes. Quando não houve aquele fora com todas as letras, nem que seja o velho “vamos dar um tempo?” que todo mundo está careca de saber, que isso é pura enrolação que esse “tempo” só é uma desculpa de quem não quer mais. O relacionamento simplesmente acaba como diria Fagner, feito espumas ao vento.

E parece que quando mais o tempo passa, e mais pessoas (e amores) conhecemos, mais nos sentimos tão “sábios” né?


Bobeira. Os amores do passado nos ensinam muitas coisas, mas acredito que não há quando se trata de amor, ninguém tão sábio. Pode até ser que você prometa ser menos possessivo dessa vez, ou ir com mais calma dessa outra, mas no final quem realmente está envolvido vai sofrer, vai chorar, vai se decepcionar... Mas também vai rir à toa, vai escutar uma música e vai lembrar daquela primeira dança que não deu certo e acabou em risos, e quando receber um sms vai logo pensar que é daquela pessoa e ficar frustrado porque é da operadora falando que sobre mais uma promoção que não vale a pena aderir.

No mais, todos nós queremos mesmo ter alguém, nem que seja pra chamar de SEU. Em relação a amores, a gente aprende, quebra a cara, chora e se diverte, e quando pensa que não vai mais...

Está no meio da ‘merda’ de novo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012


 Sobre a busca por felicidade e a tal eterna insatisfação



Quando eu finalmente tiver meu emprego fixo e for um homem estabilizado financeiramente, vou ser feliz. Ah, quando meu grande amor chegar, serei uma mulher realizada, nós vamos morar numa bela casa e construiremos uma linda família. E quando eu conseguir ficar com o corpo igual ao da mulher da novela, vou sim ser a pessoa mais feliz do mundo. Ou melhor, quando eu puder sair de casa sem me preocupar com tantas contas que tenho pra pagar, vou conseguir dormir tranquilo, satisfeito e feliz...

Você conseguiu identificar o erro?

Se não, deixa que eu explique. O erro está no “quando”.  Parece que todos nós temos mania de acreditar que a felicidade é sempre “algo que chegará um dia”, e não algo que ”que está sendo”. Deu pra entender?

É como se ser feliz fosse um destino, uma coisa que num determinado dia virá. E que o presente, é fadado a tornar esse futuro concreto. Sendo que se ficarmos apenas vislumbrando um futuro feliz, vamos esquecer-nos de viver o hoje como se deveria.

Não estou dizendo aqui, que ser ambicioso e querer algo melhor para o futuro seja ruim. Se pensasse dessa forma, eu mesmo viveria num eterno ‘ carpe diem’. Só estou querendo demostrar, que não podemos condicionar nosso presente em função do que ainda está por vir.

 A felicidade está nos momentos. Está quando você encontra a galera do colégio, e vai lembrar como era bom ser guri e sua maior preocupação era com a prova de física que por causa da bagunça da turma ia ser toda aberta e valendo 10. Ou quando na hora do jantar com sua família, todos começam a rir por bobagem, seus pais parecem nunca ter discutido em sua frente e se agem como dois apaixonados no início do namoro. Vem quando se está em companhia de amigos queridos, que continuam amigos, mesmo a longas distâncias. Está quando você se sente seguro e protegido quando te dizem sinceramente “conta comigo, viu?”.

Vamos pensar um pouco mais adiante, sim, você conseguiu aquele emprego legal. Ah, seu corpo está todo volumoso e na rua todos param pra te ver, sem contar no seu grande amor, que chegou! E suas contas estão aos poucos sendo pagas.  Mas isso é tudo? Te trouxe satisfação plena? Não.

Pois é, nós somos eternos insatisfeitos. Isso é fato. Parece que tem sempre algo que não está no lugar, uma coisa que podia estar melhor. Se ao tentar sempre melhorar você não estiver boicotando a si próprio, tudo bem. Mas meu amigo, aquela velha história de que nós mesmos podemos ser nossos melhores amigos e piores inimigos, é verdade.

O que não falta por aí, é gente procurando motivos pra sofrer.

Então, isso que vou falar agora é muito clichê, mas é pura verdade. Chega de se lamentar e aproveite mais a vida.  Pare com essa mania de achar que a grama do vizinho é mais verde que a sua. Todo mundo tem dias ruins, tem pessoas que sofrem mais, outras menos. Sua vida é única. Vai ficar pra sempre pensando de como você poderia está melhor se tivesse vindo de outra forma?

Ria mais, ria de bobagens, ria dos problemas, a vida pode não está assim tão boa no momento, mas o que dizem por aí, é que o sorriso ajuda a melhorar.

sexta-feira, 23 de março de 2012


 Sobre o Tempo


“Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos... Tempo, tempo, tempo, és um dos deuses mais lindos...” assim é uma das formas que Caetano descreve o tempo, numa das mais conhecidas de suas músicas. De fato, é incrível como aquele ditado popular que sua avó sempre costuma dizer onde “tempo é o melhor remédio” começa a fazer sentido.

“Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo...” Você percebe o quanto mudou com o passar dos anos não só física, mas emocionalmente falando. O quanto suas ideias, conceitos e estereótipos foram se transformando. E isso é algo que ocorre com todos, ou vai me dizer que há dez anos atrás já podia imaginar que estaria onde está, fazendo o que faz, com a mentalidade que tem hoje? Talvez o grande barato da vida, sejam as surpresas que ela nos proporciona.

 “O tempo faz tudo valer a pena e nem o erro é desperdício...” Dizem que “tudo acontece no tempo certo”, e que “o tempo de Deus é diferente do nosso” quando queremos uma determinada coisa, mas não vem da forma ou no momento em que desejamos.  Parafraseando o que Caio F. já disse (meninas do meu facebook vão adorar isso) “Deus não demora, ele capricha”, e talvez realmente capriche. Se até os nossos erros, vão servir para alguma coisa, essa coisa há de valer a pena mesmo. E que se não foi dessa vez, espera mais um pouco. Tudo passa. Não estressa. Só relaxa. Uma hora chega. Há de chegar.

“Quanto tempo será que demora, um mês pra passar...” O tempo nos faz ver que algumas coisas não são pra sempre, e você tem que entender que cada pessoa vê as coisas de uma maneira diferente. Vai percebendo que a chave para decepção, é a expectativa. Chega a ser doloroso, quando percebemos que não farão por nós, o mesmo que numa situação contrária, faríamos sem pensar duas vezes. O tempo apaga essa mágoa, em alguns com maior facilidade, em outros com um pouco mais de trabalho. Mas apaga.

“Devia ter arriscado mais, e até errado mais. Ter feito o que eu queria fazer...” Há quem repita por aí, várias vezes sem nem mesmo analisar a frase que diz “só me arrependo do que não faço”, como se isso fosse algo que denotasse autoconfiança. Não é. Eu me arrependo sim, do que fiz e do que deixei de fazer.  O fantasma do “E se” é sem dúvida o nosso maior inimigo. “E se eu tivesse dito que gostava dela, as coisas estariam diferentes pra nós dois?” ou “E se eu não tivesse ido pra aquela festa, nós ainda estaríamos juntos?”. “E se? E se?” O fato é que não dá pra se martirizar pelo que foi ou que deixou de ser feito. Desde que foi sua própria escolha, você naquele momento, achou que era o melhor a se fazer. Se não foi, paciência. Quem foi que disse que tudo vai sempre dar certo?  A não ser que queira que escrevam em seu epitáfio que você passou a vida se arrependendo disso e daquilo.

Meu destino não é de ninguém, e eu não deixo meus passos no chão...” então se o nosso destino não está por aí escrito nas estrelas ou em cartas claras sobre a mesa, vamos fazer do “compositor de destinos” nosso melhor amigo. E a melhor forma de torna-lo, é deixando tudo acontecer naturalmente. Ansiedades e arrependimentos são invitáveis. No entanto não vamos deixar que eles sejam constantes em nossas vidas. Porque se o “o tempo não para” e “não há tempo que volte amor,” vamos de fato, “viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir”.  

sábado, 10 de março de 2012


Sobre Jogos de Amor e Perdas de tempo


Nunca gostei de generalizações. Tipo quando falam por aí que toda mulher é complicada, ou todo homem é igual.  Acredito que pessoas do mesmo sexo têm particularidades (emocionalmente falando) em comum, mas elas não podem ser colocadas numa mesma caixa e serem classificadas como “assim ou assado”. No entanto, no quesito “joguinhos de amor”, principalmente no início de um relacionamento, mulheres me desculpem, mas pelo menos a maioria de vocês, nisso são especialistas.

Vou começar com um exemplo muito comum: Ele a conheceu numa festa qualquer, gostou de cara. Menina bonita, “acho que vou pegar”. Até aí tudo bem, entre uma dança ou outra, ele gostou de conversar com ela, “a guria parece ser inteligente, engraçada” (na cabeça dele, a parada de só pegar já passou, ela além de bonita, é interessante). E sim, ele deu altas investidas nela que ora parecia se entregar, ora bancava a durona. Ela da mesma maneira que ele gostava do papo “ah, ele é legal, engraçado, fico ou não fico? Acho melhor esperar mais um pouco...” Eles não ficaram na noite, mas mesmo assim trocaram telefones, facebook, msn e afins.
Parte clássica. Os dois estão igualmente a fim. Contudo ela acha que vai dar mole demais se for a primeira a ligar. De fato, o homem comumente é o primeiro a tomar a iniciativa (culturalmente falando, ele está sempre mais ‘necessitado’ que a mulher), mas se ela está na mesma vibe por que não ligar só pra dar um ‘oi’? Ok, pra um primeiro encontro marcado, essa perda de tempo é perdoada.


Ele mandou um sms. Ela viu, leu, releu, riu, gostou. E só. Demorou três horas e meia pra dizer que está bem e que ainda não sabe se vai fazer alguma coisa no domingo a tardezinha. Encontraram-se online um pouco mais tarde, e ele de novo foi quem tomou a iniciativa. “Olá” “Oi, não tinha visto que você tava aí. Tudo bem?” Mentira, ela tinha visto sim, só não quis parecer a desesperada. Depois de muitas conversas, de muitas coisas em comum trocadas, eles ficaram. E foi bom, foi muito bom.

É nesse ponto que mais deixa os homens encafufados sobre o que realmente aconteceu. Se depois que eles ficaram e foi bom para os dois, ele ligou é porque quer ser atendido. Se mandou um sms, é porque quer uma resposta logo, não depois de amanhã. Poxa, ficar esperando que o tempo passe fazendo um “joguinho”, com a intenção de deixar o cara pensando se não foi tão bom pra ela, quanto foi pra ele é dose. A desculpa do “não tinha crédito” não cola. Quem quer, arruma um jeito, pede emprestado do celular do amigo, manda uma mensagem pela internet mesmo...


É por isso, que muita menina legal tá aí sozinha, se lamentando porque não está namorando, e se irrita quando vê o cara que ela tava a fim, saindo com aquela ‘piriguete’ da outra turma. Talvez seja porque a tal ‘piriguete’, que vai ver nem seja tão piriguete assim, não fez esse joguinho do “ligo ou não ligo. Do atendo ou deixo chamar só mais três vezes...” Simplesmente soube na medida certa, se mostrar interessada sem necessariamente parecer estar louca pra arrumar alguém pra sua vida (as desesperadas assustam, nossa, como assustam!). Por muitas vezes, deixamos de aproveitar muita coisa boa, quando estamos na defensiva, tentando não se dar mal nesse “jogo” onde tanto um quanto o outro não quer perder por causa de um orgulho infantil. E quando uma das partes propõe esse jogo, a outra parte tem que jogar. Caso contrário ela perde o que deseja.


Então meninas, quando estiverem a fim demonstrem. Liguem não essencialmente esperando que ele te chame pra sair, ou pra ter o controle dos passos do cara. Aquele “Alô, tá onde?” às vezes irrita. Ligue só pra desejar uma “boa noite”, saber como foi o dia dele. Mesmo o mais durão dos homens, gosta de saber que alguém se importa com ele além da sua própria mãe. E quanto aos joguinhos do ”tô te querendo mais ainda não posso dizer que tô” dignos de meninas de 8ª série, Ahh, ainda preciso dizer o quanto é perda de tempo? 

quinta-feira, 8 de março de 2012



Sobre escrever




Sim, eu sempre gostei de escrever. Na verdade é que sou bem sonhador, quem sabe o mais sonhador dos caras de 20 anos. E talvez esse espaço venha ser a melhor forma de “aliviar” o dia estressante, uma noite mal dormida, a vontade de contar aquele fato (e quem me conhece sabe), que SÓ ACONTECE COMIGO.

Daí depois de muito tempo escrevendo só pra mim mesmo, seja um pensamento solto nas ultimas folhas do caderno, ou no verso daquele panfleto de dentista que sempre lhe entregam quando você passa pelo centro da cidade, e de alguns incentivos (valeu Amandão, Mariana, Fernanda e Déa) eu resolvi fazer esse blog.

E as dúvidas de qual nome eu iria por nele? Foram muitas.

Vou botar “Blog do André”, pensei. Assim eu não preciso ficar matutando sobre o que colocar. Espera, NÃAAAAAAAO. Quem leria um blog chamado “Blog do André”? Porque digam o que quiserem, mas se eu resolvi escrever e mostrar a quem quiser ver, é porque eu quero LEITORES, não é? Vá lá, que eu não espero ser o mais lido dos blogueiros, nem pretendo (na verdade é que nem beleza e cabelo esvoaçante pra isso eu tenho) virar um novo “Colírio Capricho”  fazer um blog do tipo “Vida de Garoto” e conquistar fãs querendo que eu faça coraçõezinhos com a mão e dizendo que já não podem viver sem mim.

Foi aí que pensei em algo que alguém já tinha escrito que não foi direcionado a mim, mas que de alguma forma viesse a ilustrar a minha vontade ao escrever. Engenheiros do Hawaii já inspirou muita gente né?  Esse “Alívio Imediato” (título de uma das músicas que mais curto deles) que escrever me proporciona, vem como uma maneira de colocar pra fora tudo o que às vezes eu fico tão ansioso pra dizer, e acabo esquecendo. Vem como um jeito de me fazer mais humano, de enxergar a vida de uma forma mais coletiva. Geralmente quando escrevemos, falamos de um modo que não falamos no dia-dia. Parece que na ponta de um lápis ou no teclado de um PC você consegue explodir sua raiva, declarar-se com uma capacidade encantadora ou ainda fazer uma graça, mais engraçada ainda, sem falar nos enrolations que sempre, mas sempre mesmo, rola com qualquer estudante nos trabalhos do colégio ou faculdade.

Então quando quiser saber o que esse “guri” tem a dizer, aparece por aqui. Sempre que der vou falar bem mais sobre o que vi da vida, do que de mim. Escrever sobre pessoas e de como nós, podemos ser tão incríveis mesmo sendo tão comuns é o que me deixa mais realizado. Vou ficar na torcida pra que você goste e comente em meu blog, e quando não gostar, comenta também, dizem que é através da crítica, que nos tornamos melhores.


E vai saber se por um acaso, perdido no tempo ou no espaço um editor me “descobre” um “colírio” e eu passaria a ter todas as ninfas de 15 anos aos meus pés !  É claro que a essa altura meus cabelos (agora sim) passariam a esvoaçar pela avenida. NÃAAAAAAAAAAAAAO.