Sobre amores passados e o
que eles nos ensinam
Mesa de bar. Isso mesmo,
que lugar você mais ouve pessoas falando, chorando, se lamentando sobre amores
do que na mesa de um bar, entre uma cerveja gelada, uma dose qualquer e um
caldinho de camarão?
Aquela sua amiga, que
depois de tomar algumas, começa a lamentar o quanto TODOS os homens do mundo
não prestam, sendo que ela só tem um na mente (lembram daquelas aulas de
gramática? Metonímia, a parte pelo todo? então), ou aquele seu primo que passa
a contar o quanto se arrependeu por trocar a namoradinha legal, por a gostosona
que finalmente deu bola pra ele, e que depois o largou deixando (o agora desiludido) sozinho e
apaixonado.
As tantas histórias que a
gente ouve, vê e sente de uma forma ou de outra, nos ensinam muito sobre
pessoas e relacionamentos. Outro dia uma amiga me perguntou: “André, homem
ama?” É claro que depois de rir muito, visto que a pergunta é por si só, muito
engraçada, eu respondi: “Claro que ama.” Eu acredito que os homens geralmente
não idealizam um futuro com um casamento dos sonhos, casa com cerquinha branca
e filhos correndo pelo quintal. E talvez pelo romantismo que é mais comum em
mulheres, elas constroem e até se dedicam mais quando entram num
relacionamento. Assim, é mais comum encontrar mulher achando que nenhum homem
vale nada, do que o contrário. Mas os homens amam sim. Ainda acho que quando o
cara está verdadeiramente apaixonado, ele se torna um milhão de vezes mais
besta do que a mulher, o processo em geral só demora mais um pouco.
Definitivamente, existem
pessoas que não nasceram pra ter nada sério, nem com você e nem com ninguém e
você tem que se conformar com isso. Outras, simplesmente não sentiram o mesmo
que naquele dia, sua companhia não foi tão agradável quanto a dela foi pra
você, é duro, mas pode ser a realidade. Todos nós somos imprevisíveis, cheios
de manias, gostos e vontades. Ninguém vem com um manual de instruções, não dá
pra fazer com que tal pessoa se apaixone. Isso simplesmente acontece. Algumas
vezes com mais facilidade, outras depois de um tempo.
E sabe qual o pior tipo de
amor do passado?
Aquele que não teve um
fim. Não falo quando ainda há um amor latente em só um coração. Mas sim quando
não foi colocado um ponto final por uma das partes. Quando não houve aquele
fora com todas as letras, nem que seja o velho “vamos dar um tempo?” que todo
mundo está careca de saber, que isso é pura enrolação que esse “tempo” só é uma
desculpa de quem não quer mais. O relacionamento simplesmente acaba como diria
Fagner, feito espumas ao vento.
E parece que quando mais o tempo passa, e mais
pessoas (e amores) conhecemos, mais nos sentimos tão “sábios” né?
Bobeira. Os amores do passado nos ensinam muitas coisas, mas acredito que não há quando se trata de amor, ninguém tão sábio. Pode até ser que você prometa ser menos possessivo dessa vez, ou ir com mais calma dessa outra, mas no final quem realmente está envolvido vai sofrer, vai chorar, vai se decepcionar... Mas também vai rir à toa, vai escutar uma música e vai lembrar daquela primeira dança que não deu certo e acabou em risos, e quando receber um sms vai logo pensar que é daquela pessoa e ficar frustrado porque é da operadora falando que sobre mais uma promoção que não vale a pena aderir.
No mais, todos nós
queremos mesmo ter alguém, nem que seja pra chamar de SEU. Em relação a
amores, a gente aprende, quebra a cara, chora e se diverte, e quando pensa que
não vai mais...
Está no meio da ‘merda’ de
novo.
É isso! Me senti vendo um daqueles filmes sobre relacionamentos, que muita gente culta demais pra ser feliz, diz que é sem graça, mas que na verdade, inspira, faz-nos sentir bem, faz-nos pensar na vida e vivê-la.
ResponderExcluirParabéns, meu velho!
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