sábado, 27 de abril de 2013


Sobre esse Ponto Final


Dessa vez foi. E talvez não volte mais. Não que eu ainda não queira que volte. Porque eu quero. Mas vai ficar desse jeito. Vai ser melhor e a cura vai vir com o tempo. Não vou me culpar pelas besteiras que eu fiz. Eu fiz tentando acertar. Eu fui compreensivo o máximo que pude. Eu tentei agradar de todas as formas. Eu esperei teu tempo. Talvez tivesse que esperar mais. Mas o amor. Talvez isso fosse amor. Tem pressa. Meu amor. 

Queria que você me devolvesse 10% do que eu te dava. Que não era muito. Mas era o que podia te dar. Horas iguais por um bom tempo ainda me farão lembrar de você. Sabe que não costumo cozinhar com tanto capricho pra ninguém como foi contigo. Vá lá não foi nada tão sofisticado. Mas da minha maneira simples achei que te fez bem estar comigo aquele dia. Quando tenho mil ideias meu texto fica assim. Fica assim mesmo como eu. Confuso. Impaciente. Inseguro. Sem sentido. 

Eu sei que nunca quis nada sério. Eu sei que posso ter me envolvido numa coisa que estava fadada ao fracasso. Eu sei que nem sempre fui “o cara” certo com toda aquela segurança e maturidade que você esperava. Mas nos últimos meses eu tentei fazer o melhor de mim. Não foi suficiente. Não foi satisfatório. E o “não é recíproco” ainda ecoa em meus ouvidos. Eu vou seguir em frente. À minha maneira vou seguir em frente.

Se você olhar pra trás você vai ver que a gente foi feliz. Naqueles poucos minutos contados que ficávamos juntos a gente foi feliz. A gente ainda vai rir disso tudo. Eu sei que vou rir. E sei que ainda vou chorar. 

Nós nem temos uma música. Aquela que te enviei nem sei se você ouviu. Se ouviu espero que tenha gostado. Nem tem nada a ver com esse nosso não-relacionamento. Eu só quis te mostrar um som que eu curtia. Te fazer mais perto de mim. Mas vamos lá. 

O texto continua confuso. Impaciente. Inseguro. Sem sentido. Acho que sempre fui assim. Tô tentando não chorar. Juro que estou. Eu vou seguir em frente. Seja lá qual direção. Mas vou. 

Obrigado por ter me feito crescer como homem. Obrigado mesmo. Há muito tempo que tento escrever esse texto. Na verdade eu tinha medo de fazê-lo. Sabia que quando isso acontecesse seria nosso fim. Supersticioso. E realmente estou achando que essa superstição está correta. 

Sem mais tristezas. Sem mais lamentações. Eu fiz o que eu pude. Diferente das outras vezes. Eu não me acovardei em dizer o que eu sentia. E disse. 

Usa aquilo que te dei de vez em quando. Vai te proteger de qualquer coisa ruim. Esse é o fim de um texto sem vírgulas. Só pontos finais. Me despeço dessa história com eles. E não mais com as vírgulas. Ou as reticências. 

Um beijo. Até um dia.  

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