Sobre a incredulidade feminina nos
relacionamentos
O título já diz bem ao
que veio né? A incredulidade feminina nos relacionamentos amorosos. Sim, elas
mesmas que foram por muitos anos, consideradas a parte mais sensível e
romântica na vida a dois. Talvez por ironia dos novos tempos, até os lindos
contos de fada, estão ganhando adaptações sombrias nos cinemas, fazendo com que
a princesinha não seja mais tão passional na história, apenas esperando que o
príncipe surja montado no cavalo branco para salva-la de todos os monstros e
bruxas pelo caminho. Mesmo ouvindo Taylor Swift (com aquela linda poesia
sofrida musicada) e lendo as crônicas da mulher contemporânea de Tati Bernardi
boa parte das garotas parece terem sido desiludidas com as ilusões do amor.
O que proponho realmente a falar aqui, é de
como as mulheres tem perdido a fé de que elas mesmas podem ter um grande amor,
se apaixonarem loucamente e viver longos dias regados a beijinhos e abraços
confortantes cantando ‘Amor I love you’ e assistindo “Diário de uma Paixão”.
Parece que é geral. De novinhas a coroas o sentimento é o mesmo. O que percebo
é que a ala feminina se sente tão ‘calejada’ depois de ter sido ou ouvido as
amigas lamentando que foram vítimas de homens que iludem, mentem, traem,
enganam, esquecem-se de ligar, gozam rápido... E isso (como forma de defesa,
talvez) acabou criando uma casca, como se fosse um instinto de
autopreservação.
Isso é bom, mas nem
sempre.
Viver aprisionada num
medo e na ideia que todos os “homens não prestam” e não importa com qual vá se
envolver, o individuo vai sempre se revelar um canalha em potencial que te
largará sozinha só te deixa refém de você mesma. Sim, os idiotas existem aos
montes, gente que acha legal fazer pouco com os sentimentos dos outros também, mas
não dá pra se privar de viver. Viva seus amores, seus desamores, seus
descompromissos.
As pessoas são
imprevisíveis. Não dá pra saber quando finalmente ‘a pessoa certa vai vir’. É bem
provável que a pessoa certa nem sequer exista, como diria Veríssimo “que procuramos
na verdade é pela Pessoa Errada”. Afinal, não há uma formula mágica para os
relacionamentos. O amor não é uma ciência exata. Até porque as ciências exatas
são tão chatas, que se nossas relações se dessem dessa forma seria um grande tédio.